SOBRE

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Vivo e trabalho em São Paulo.
Meu trabalho pode ser entendido por três eixos de explorações principais que se permeiam mutuamente: corpo/gesto, narrativas, linguagens.
A pesquisa da gestualidade tangencia o eixo linguagens, no qual investigo sobretudo questões formais sobre os limites da pintura e desenho. Foi pelos fluxos entre esses campos que passei a pesquisar a relação entre o olhar e aquilo que nos cerca, como vemos as coisas e nossa relação com a velocidade de consumo e produção de imagens. Muitas vezes em meus trabalhos, uma figuração aparentemente delicada e serena, é um convite para uma observação mais cuidadosa, mais lenta e mais próxima para que possam se revelar gradualmente, gestualidades, intensidades e vigor.
Pelo viés corpo, as propostas exploram algum tipo de interatividade, condição que também se estabelece no eixo narrativo. Em geral operando a partir de dualidades, minha poética se estabelece por diálogos: a memória e a observação, a memória e a imaginação, o real e o desejado, o eu e o mundo. Além disso, dualidades formais também se apresentam: a pintura e o desenho, o desenho e a fotografia. Estabelecendo nexos pela associação aditiva de opostos, meu trabalho evoca narrativas pela imagem e busca um sentido para a existência no trânsito, naquilo que está em fluxo, assim como o gesto que cria as imagens (outro ponto de tangência). A relação com as mídias sociais, o retrato, paisagem, a arquitetura, a natureza urbana se apresentam numa ótica que sublinha diferenças, sem descarte dos opostos, mas com um englobamento de contrários.
Em todos eixos, a imagem se coloca como metáfora da própria existência enquanto negociação de simultaneidades, do existir em dimensões diferentes e concomitantes, interno/externo, do lidar com o fluxo e mudanças do mundo. Assim a imagem se realiza nos binômios fazer/observar e do corpo/gesto, num ciclo contínuo de ação e reflexão.