JOGO DA AMARELINHA,2025 arte contemporânea
Nos trabalhos que proponho, começo por sondar um sentimento, que não é só meu, de um dilema da relação com a cidade: daquele sentir-se impelido a ir embora, mas não ir. Será que vou? Será que fico? Essa relação que não se resolve, esse pêndulo que balança aqui e ali pode se colocar como palco para reflexões de outras dicotomias. A maritaca e o bate-estaca, o sabiá e a moto que sobe a ladeira, o metrô e a praça, construção e destruição. Um exercício Yin/Yang: onde há um, há também o oposto. Como diria Cortazar “De que adianta um sim sem um não?”
Formalmente esse jogo se coloca no amarelo, cor que remete às faixas sinalizadoras, que podem tanto ser usadas como condutora de fluxos, assim como limitadoras de espaços.
Dualidades se colocam também como espaço de relação entre linguagens como o desenho e a pintura, o figurativo e o abstrato, imagem e a palavra , presente dos títulos. Tenho usado frases e palavras recolhidas de publicidades de empreendimentos imobiliários como títulos.







